Há evidências da ressurreição de Jesus?

Há evidências da ressurreição de Jesus

Muitas pessoas em todo o mundo comemoram a Páscoa de diferentes maneiras. Nos Estados Unidos, é comum a prática de caça aos ovos coloridos e a figura do coelho da Páscoa. Os cristãos, por sua vez, festejam com serviços de adoração jubilosos e a afirmação de que ‘Ele ressuscitou.’ Você já se deparou com essa frase?

Qual o motivo dos cristãos utilizarem o Domingo de Páscoa para relembrar que Jesus ressuscitou? Qual a relação desse acontecimento de dois milênios atrás com a nossa vida atual?

A morte de Jesus na cruz e sua ressurreição três dias depois constituem a base da crença cristã. Contudo, nos dias de hoje, muitos consideram complicado aceitar milagres, principalmente a ideia de uma pessoa morta voltando à vida. O fenômeno da ressurreição de Jesus tem sido objeto de conversas e debates ao longo dos séculos. Se esse é um aspecto tão vital como os cristãos alegam, é essencial que todos compreendam seu significado e sua essência, para então decidirem se acreditam ou não na sua veracidade. A boa notícia é que, se você estiver interessado em buscar, existe uma vasta quantidade de informações disponíveis que podem esclarecer ainda mais esse assunto.

Qual a Importância da Ressurreição de Jesus?

É possível ter muitas crenças sobre Jesus sem acreditar que Ele ressuscitou dos mortos. Algumas doutrinas religiosas reconhecem Jesus, mas não aceitam que Ele tenha retornado à vida após a morte.

No entanto, Jesus ressuscitou, e esse evento é essencial para o Cristianismo. Paulo, um dos líderes cristãos dos primeiros tempos e autor de grande parte do Novo Testamento, afirmou a certos cristãos: ‘Se Cristo não foi ressuscitado, é inútil a nossa pregação, e inútil também é a vossa fé’ (1 Coríntios 15:14, Nova Versão Internacional).

Nesse trecho da Bíblia, Paulo não está te desmotivando a crer em Jesus ressuscitado. Ao contrário, está ressaltando que a ressurreição de Jesus é o núcleo da fé cristã, de tal forma que, sem ela, a fé cristã perde o sentido. Eis algumas razões pelas quais a ressurreição de Jesus é tão fundamental.

Para Realizar a Profecia do Antigo Testamento

Atualmente, você tem a vantagem de ler toda a Bíblia, incluindo o Antigo Testamento, escrito antes da vida de Jesus, e o Novo Testamento, escrito após. Os 66 livros, que formam tanto o Antigo quanto o Novo Testamento, narram uma única história coerente. Não é possível dissociar um do outro.

Durante o Antigo Testamento, Deus fez promessas ao Seu povo de que um Messias (um Salvador) chegaria e transformaria a vida como eles a entendiam. Na época de Jesus, os judeus esperavam que este Salvador os libertasse da repressão romana e de outros povos hostis. Deus revelou aos israelitas que o escolhido teria características e sinais específicos. Deus pode ser enigmático, mas deseja ser conhecido pelas pessoas. Ele quer que você identifique as Suas ações.

Jesus Cristo tinha a missão de cumprir todas as profecias do Antigo Testamento a respeito do Messias prometido. E Ele cumpriu cada uma delas. Uma delas afirmava: “Por isso meu coração está alegre e minha língua exulta; meu corpo também repousará esperançoso, porque Tu não abandonarás minha alma no Sheol, nem permitirás que Teu fiel sofra decomposição” (Salmo 16:9-10, NVI).

O Messias enfrentaria a morte, mas o Seu corpo não se decomporia, pois ressuscitaria. Esse fato se concretizou quando Jesus ressurgiu dos mortos e se mostrou aos Seus discípulos, trazendo apenas as cicatrizes nas mãos, nos pés e no lado como marcas de Sua morte.

A ressurreição de Jesus é fundamental para os cristãos, pois era necessário que Ele ressuscitasse para realizar as profecias do Antigo Testamento.

Para confirmar as palavras de Jesus

Conforme os Evangelhos — as quatro narrativas do Novo Testamento que descrevem a vida de Jesus — Jesus costumava fazer referência a trechos do Antigo Testamento quando falava aos Seus 12 apóstolos, indicando o que ocorreria na semana de Sua crucificação e ressurreição. Ele se comunicava por meio de parábolas, pequenas histórias ou frases que revelavam verdades sobre Deus, permitindo que eles compreendessem o significado mais tarde, quando os eventos acontecessem.

Jesus falou abertamente aos discípulos sobre Sua morte e que Ele voltaria à vida, mas muitos não compreenderam Suas palavras. A percepção comum sobre o Messias era de que Ele seria um rei terreno, como o Rei Davi do Antigo Testamento, e a ideia de morrer numa cruz contradizia essa crença. Grande parte do que Jesus afirmava era confuso para eles, pois não correspondia às expectativas que tinham sobre o Messias. Mesmo quando Jesus falava de maneira direta, era complicado para eles acreditarem:

A partir daquele momento, Jesus passou a revelar aos Seus discípulos que teria de ir a Jerusalém e sofrer nas mãos dos anciãos, dos sacerdotes supremos e dos doutores da lei, ser morto e ressuscitar no terceiro dia. Pedro O repreendeu, exclamando: “De jeito nenhum, Senhor! Isso nunca Te acontecerá!” (Mateus 16:21-22, NVI) Jesus explicou aos discípulos o que estava por vir e garantiu que ressuscitaria. No entanto, muitos só conseguiram aceitar essa realidade quando O viram ressuscitado e saudável.

Por Sua Vida, Estamos Vivos

A noção de Jesus estar vivo não parece ter relevância em sua fé para algumas pessoas. Você pode até acreditar que o Cristianismo é repleto de regras e que boas ações pavimentam o caminho para o Paraíso. Essa premissa é comum em algumas crenças. Contudo, conforme a Bíblia, ao se tornar discípulo de Jesus, você inicia um relacionamento com Ele. Esse vínculo não se baseia no que você faz, mas no que Jesus realizou. Todos nós somos pecadores por natureza e inaptos a evitar o erro. Por isso, merecemos a indignação de Deus. Jesus, no entanto, assumiu esse castigo por nós.

Mesmo sem pecado, Ele foi crucificado em nosso lugar. Se Ele tivesse permanecido morto, essa seria a conclusão, e não haveria esperança. Ele precisava não só morrer por nós, mas também vencer a morte em nosso favor. Apenas por isso temos a expectativa de viver eternamente, conforme Ele prometeu, sem pecado nem morte. Seus seguidores viverão para sempre, mesmo após a morte física, pois a morte foi vencida e não tem domínio duradouro sobre nós.

Ademais, Cristo, sendo o Filho de Deus, assumiu forma humana. Sua ressurreição é a evidência de que Ele não era apenas um ser humano, já que as pessoas não podem retornar da morte. Se Ele tivesse permanecido morto, isso colocaria em dúvida Sua alegação de ser o Filho de Deus. Retornando vivo e saudável, Ele valida todas as Suas afirmações como o Filho de Deus.

Existe Prova de que Jesus Ressuscitou dos Mortos?

Você mesmo pode estudar os Evangelhos. Eles não se resumem a meras narrativas. São descrições verídicas e concretas de acontecimentos que influenciaram a história e o Cristianismo. Esses eventos afetam diretamente sua vida. Existem múltiplas justificativas para confiar na veracidade do que os Evangelhos afirmam a respeito da ressurreição de Jesus.

Jesus de Fato Morreu

Ao longo da história, muitas pessoas investigaram as reivindicações dos cristãos de que Jesus havia morrido e ressuscitado dos mortos. Existem diversas interpretações sobre a ressurreição de Jesus, mas quase todos concordam que Jesus foi uma figura real que viveu e foi crucificado pelos romanos. Para ressuscitar, Jesus teria que ter morrido de fato.

Algumas teorias sugerem que Jesus nunca morreu, afirmando que Ele teria caído em coma devido à dor e despertado posteriormente no túmulo. No entanto, é certo que Jesus morreu. Esse fato é corroborado pelos depoimentos de testemunhas, tanto de Seus discípulos quanto de Seus adversários entre judeus e romanos.

Antes de removerem Jesus da cruz, os soldados romanos cravaram uma lança em Seu lado, fazendo com que saísse uma combinação de água e sangue. Essa mistura é um indicativo de falência cardíaca e constitui evidência clara de que Jesus estava morto, independentemente de ter sido crucificado! Os soldados romanos eram especialistas em matar.

Se falhassem em sua missão de executar alguém, seriam punidos, possivelmente com a morte. Isso os motivava a conduzir cada execução com exatidão. Ademais, todos os relatos confirmam que Jesus foi enterrado em um túmulo. Os homens responsáveis pelo sepultamento, que foi vigiado por soldados romanos, eram discípulos de Jesus. Eles não teriam sepultado o corpo se não tivessem certeza absoluta de que Jesus estava morto.

Não é um Mito Tardio

Houve quem especulasse que o relato da ressurreição de Jesus teria sido um mito criado bem depois do fato real da Sua morte. Se isso fosse correto, constituiria uma razão válida para questionar a narrativa. Afinal, ninguém teria como confirmar os eventos ocorridos há tanto tempo.

No entanto, os registros sobre Jesus foram feitos poucas décadas após a Sua crucificação, e as histórias contidas nesses registros foram transmitidas oralmente por anos antes de serem registradas por escrito. Isso tudo ocorreu enquanto aqueles que participaram dos eventos ainda estavam vivos para confirmar ou negar a narrativa.

O Sepulcro Estava Desocupado

O sepulcro desocupado é um dos aspectos mais enigmáticos do relato para aqueles que não sabem o que pensar a respeito da ressurreição de Jesus, gerando diversas dúvidas.

O corpo de Jesus foi de fato colocado naquele túmulo? Diz-se que o local era de propriedade de um destacado líder judeu, e não seria um lugar escondido ou desconhecido. Se os discípulos quisessem inventar um conto sobre um túmulo vazio, provavelmente teriam escolhido um local menos notório.

Naquele tempo, qualquer um em Jerusalém poderia ter ido ao túmulo e constatado que estava desocupado. Está documentado que os seguidores de Jesus começaram a divulgar a história da ressurreição logo após o ocorrido. Mas não existem registros contemporâneos afirmando que os discípulos foram desmascarados — que o corpo de Jesus ainda estava lá, provando que ele continuava morto, ou que nunca tinha sido enterrado.

Ademais, havia soldados romanos vigiando o túmulo, e a entrada estava fechada. As autoridades romanas não se dariam ao trabalho de guardar um túmulo vazio.

A alegação mais persuasiva a favor da desocupação do túmulo foi que romanos e judeus influentes acusaram os seguidores de Jesus de furtar o corpo. Ao fazer essa acusação, corroboraram um fato: o túmulo havia estado ocupado pelo corpo de Jesus, mas posteriormente estava vazio.

Se o corpo nunca tivesse sido colocado no túmulo, eles teriam declarado isso, e se nunca tivesse deixado o túmulo, teriam simplesmente evidenciado que o túmulo sob sua guarda permaneceu intocado. Poderiam ter dito: “O corpo ainda está aqui. Venha ver por si mesmo.” Porém, em vez de negar que o túmulo estava vazio, acusaram outras pessoas de terem retirado o corpo.

Ele Foi Visto Vivo por

Pessoas A Bíblia nos diz que mulheres foram as primeiras a perceber que Jesus havia voltado dos mortos. O detalhe de que mulheres foram as primeiras a atestar o Jesus ressuscitado, curiosamente, pode ser tomado como prova de que a narrativa é autêntica.

No contexto da sociedade judaica daquele tempo, a palavra de uma mulher não era altamente valorizada. Se os discípulos tivessem fabricado toda a situação e quisessem apresentar uma versão crível, talvez tivessem alegado que um homem, talvez até um homem importante, foi o primeiro a encontrar Jesus. A menção nos Evangelhos de que um conjunto de mulheres foi o primeiro a encontrar Jesus vivo fortalece a ideia de que a história é verdadeira. Por que, senão, aqueles que afirmavam a ressurreição de Jesus recorreriam a testemunhas que dificilmente seriam aceitas, a não ser que elas fossem, de fato, as primeiras a ver?

Depois de se revelar às mulheres, Jesus se mostrou a vários outros de Seus discípulos. Em um momento, assegura a Bíblia, havia mais de 500 testemunhas ao mesmo tempo.

Muitos questionam: “E se todos eles apenas pensaram ter visto Jesus?” Essa questão sugere que algum tipo de ilusão fez as pessoas acreditarem que tinham visto Jesus vivo, quando, na realidade, não o tinham. Porém, alucinações são fenômenos individuais, e não existe nenhum caso conhecido de alucinação em massa.

Logo, se um número tão grande de pessoas daquela época concordou sobre o que tinha visto, é lógico supor que estavam sendo sinceras.

Os Seguidores Dele Mantiveram Sua História

Os discípulos de Jesus foram pegos de surpresa com sua prisão e morte. Eles passaram o dia após Sua morte sozinhos, dispersos, confusos e lamentando. Estavam derrotados.

Esses homens se tornariam defensores audaciosos da mensagem cristã. Jesus tinha 12 seguidores próximos, frequentemente referidos como Seus “discípulos”. Um desses homens, Judas, traiu Jesus e se matou depois. Os outros onze viram Jesus vivo. Dez deles foram eventualmente mortos por testemunharem que Jesus estava vivo, e o décimo primeiro foi exilado e preso.

O que faria esse grupo de homens assustados e desencorajados subitamente percorrer o mundo compartilhando a mensagem de Jesus? Eles persistiram mesmo quando enfrentaram a escolha de renunciar à sua mensagem e admitir que era mentira ou entregar suas vidas. Eles escolheram a morte. A única explicação para tal mudança de atitude é que acreditaram com convicção que haviam testemunhado Jesus vivo e bem após Sua crucificação e que a verdade de que Ele estava vivo valia a pena morrer por ela.

Nenhum deles renunciou ao seu testemunho durante suas vidas. Por que tantos homens morreriam por algo que sabiam que não era verdade? A única conclusão razoável é que é verdade.

Reescrita com outras palavras: Seus Discípulos Permaneceram Firmes em Sua Versão Os apóstolos de Jesus foram surpreendidos com a sua captura e morte. Passaram o dia seguinte à Sua morte isolados, dispersos, perturbados e em luto. Sentiam-se vencidos.

Esses indivíduos se transformariam em corajosos propagadores da mensagem cristã. Jesus contava com 12 colaboradores íntimos, muitas vezes conhecidos como Seus “discípulos”. Um deles, Judas, traiu Jesus e depois se suicidou. Os outros onze presenciaram Jesus ressuscitado. Dez deles acabaram sendo mortos por afirmar que Jesus estava vivo, e o último foi exilado e encarcerado.

O que levaria esse conjunto de homens temerosos e desanimados a sair pelo mundo divulgando a mensagem de Jesus? Persistiram mesmo diante da opção de negar sua mensagem e confessar que era falsa ou sacrificar suas vidas. Optaram pela morte. A única justificativa para essa transformação de postura é que tinham certeza de que haviam visto Jesus vivo e saudável após Sua crucificação e que a realidade de que Ele estava vivo era motivo suficiente para morrerem por ela.

Nenhum deles abandonou o seu testemunho ao longo de suas vidas. Por que homens em tão grande número morreriam por algo que sabiam ser falso? A conclusão mais lógica é que deve ser verdade.

Mantenha a Fé e Persiga a Verdade

Questionar: “Jesus de fato ressuscitou dos mortos?” é algo relevante. Deus não quer que Seus filhos creiam sem questionar. Ainda que existam mistérios que nunca compreenderemos plenamente, Deus nos oferece respostas quando as procuramos Nele.

Fazer perguntas não é errado, pois a Verdade jamais será abalada ao ser questionada. Você pode confiar no que a Palavra afirma como verdade. A fé precisa ter a verdade como base. Quanto mais nos aprofundamos no que a Palavra ensina e quanto mais nos esforçamos para compreender, mais nítidas se tornarão as respostas. Quanto mais depositarmos nossa confiança no que Deus já realizou, mais teremos fé no que Ele promete para o futuro, acreditando que é autêntico e digno de confiança.

Persista na exploração de sua caminhada espiritual. Não deixe de buscar a verdade.

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